Há fogos que se repetem. À lareira. Há incandescências que nos trazem mais perto da realidade. Há vidas que crepitam de amores. Há calores que se atrapalham à chegada tal é a vontade do vermelho ardente.
Há fogos que transformam. Que entregam novos substratos. Que propagam novos inícios.
Há fogos que permanecem. Que cozinham os dias como se fossem sagrados, em lume brando, não vá o prato principal perder o encanto.
Há fogos que encantam. Tal dramática é a sua performance.
Há fogos que se apagam. E sucumbem em mais um dia do que não foram. Dando lugar ao que serão, assim, numa eterna magia de cores e sombras. Numa eterna mudança que evolve. Numa perpétua maneira de se ser, fogo.
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