De tudo o que vivi, só me senti em pleno quando percorri a liberdade. Anos a fio em viagem, sem saber o dia de amanhã. Na mala a incerteza e o gosto de não ter para onde me recolher. A vida entregue ao caos. À desordem do encanto do novo. Porque só quando largamos a velha forma agarrar a vida, é que pode ela acontecer-nos sem pesar.
Agarrada ao resultado, nunca deixei a surpresa entrar. E sem espaço para surpresas, como pode a magia ficar?
Há na vida um fluxo que nos move, que nos leva onde devemos estar. Talvez por isso tantos se percam no controlo. Na grande necessidade de se prender a um lugar.
A escravatura está dentro. Esta moderna visão de auto-controle. Quando tudo o que precisamos é deixar que a liberdade nos aqueça, para que possa a magia dentro de nós, celebrar.
(E assim se cumprem 365 dias de blog. Encerro assim este ciclo. Prometo em breve relançar. ❤️)
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