Deixo-me estar. A ouvir o mar. Ouço mais uma vez. Conto as ondas. Desentupo a minha cabeça de informação. Respiro fundo e deixo o espaço entrar. Paro tudo por vários dias. Reservo-me ao direito de descansar. É assim que me regenero.
Não pode, ninguém neste mundo, produzir sem parar. E eu sei que o mundo, por mim, pode esperar.
Odeio a glorificação do “ocupado”. Não tolero a pressão para a produção em vão. Precisamos de ter prazer no que fazemos. Todos os dias. A toda a hora. Se nos gera muito esforço, então é preciso rever. Reavaliar. Repensar. É suposto vivermos uma vida feliz. E digo isto porque muitas vezes, no meio do entusiasmo dos meus dias, me esqueço de ser feliz. Me esqueço dos banhos de mar e do pôr-do-sol. Me esqueço do espaço e de dançar de sol a sol. Me esqueço de mim. E não posso. Às vezes. Viver assim.
Assim sorriu com o descanso. Aplaudo a não agenda e agradeço a contemplação da vida a aproveitar-se a si mesma. Obrigada queridas férias que me auto-impus. Sei que tudo brilhará ainda mais. Depois ❤️
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