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#day347 – wild

Hoje quero cru. Primitivo. Quero terra molhada por entre dos dedos. Quero o cabelo enrodilhado expelindo os medos. Quero a sopa fria. O mar quente. Quero o desejo de voltar a mim. Ardente. Quero o selvagem que de mim não sai. Quero o todo de ter nada. E com isso me contentar. Quero o relento. Quero o risco. Quero o abismo. Para o meu salto de fé. Quero a lua. Quer-me o sol. E eu quero a rua, tanto quanto me querem, como a tal. Quero o vento e quem sabe o sal. Quero a luz. Quer ver-se livre de mim. O mal. Quero o silêncio. O pé descalço. Quero-me sem rumo. Sem regaço. Quero-me só, até acordar. Pois não me queiram colocar. Numa gaiola dourada para “me proteger”. Dizem-me. Quando preciso apenas. De poder voar.

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