Menos gera-me liberdade. Gosto de vidas simples. Espaços minimalistas. Branco nas cores. Gosto do vazio de novas possibilidades. Gosto de espaços amplos para percorrer a passos largos. Gosto de luz. Sem paredes. Sem amarras.
Não fui feita para muita coisa. Apesar de o muito me perseguir em bênçãos. É no muito que me alimento. Mas sem o menos não respiro.
E quando muito é de mais. Paro. Obrigo-me a selecionar. Escolho o importante em vez do urgente. Assumo que não consigo fazer tudo e deixo cair o que não dá. Somos humanos todos os dias, pelo que não podemos deixar a vida passar-nos ao lado sem margem para a apreciar.
A gratidão pelo muito tem que ser forte. Mas sem o menos ninguém consegue avançar. Todos os rios por mais estreitos que sejam, um dia sempre têm, que chegar a um amplo mar.
Comments