O mundo exige. E eu reservo-me. Ao direito de toca.
Nada pode mexer na nossa paz. E é quem faz. Que mais precisa de toca.
Pouco em mim cede à pressão. Porque sei que é a respirar. Que me retiro do esforço em vão.
Dantes não sabia descansar. Puxava pelas mangas e arregassava os desejos. Avançava sem me respeitar. Quando na verdade precisava de parar.
Hoje sei que é no sono, na pausa ou no desligar, que restabeleço o que sou. E dou-me ao direito de travar o platô. Recolher as cortinas. E encerrar o espectáculo. Até à próxima sessão.
Quando a vida traz de mais. Às vezes tenho que limitar pelo menos. E nada perco em dizer não. Ganho o respeito de mim mesma pela coragem de ouvir a voz do que me guia. A dizer que posso tudo na mesma. Mesmo quando tudo o que posso é “apenas”: ser o que sou. Dia-após-dia. ❤️
Comments