top of page

#day334 – as dores como activos de mudança

Um dia escrevi “nem tudo o que dói é mau”. Hoje acrescentaria: é a dor que nos empurra para o que somos.

Aprendi a honrar os momentos difíceis como catapultas de mudança. De aprendizagens tão fortes e tão viscerais que me transformaram profundamente. Que me ajudaram a olhar para o outro com empatia. E a ter noção que só dói porque há humanidade.

A arrogância e apatia de quem não se consegue colocar nos sapatos dos outros, justifica-se pela ignorância de quem não passou pelas dores dos mesmos.

Já fui darwinista ferrenha. Capitalista convita. Hoje sou humanista pura. E acredito que todos têm que ter oportunidade para fazer vingar as suas ideias e dar a sua sincera contribuição ao mundo. Não acredito na lei do mais fraco e muito menos admiro quem não estende a mão ao próximo. Isto de forma tão assertiva como também não acredito em se “ajudar coitadinhos” e a consequente perpetuação de sistemas que mobilizam os sentimentos de superioridade e inferioridade inerentes a ações desiquilibradas.

Acredito em chances. Em olhos que brilham. Em garra e pulso para fazer acontecer. Não acredito em assistencialismo, mas acredito na verdade que há nos corações dos que querem mudar o mundo, começando pelo seu próprio. Já é tão difícil viver em determinados cenários sociais. Quanto mais viver sem a real oportunidade de se Ser.

É por isso que acredito que as dores devem falar alto se for para trazer mudança. Solução. Capacidade. Devem ter viva própria se gerarem empatia e ajudarem outros a não passarem pelos mesmos lugares.

São por isso para mim activos. Valiosos. Preciosos. Pois pode ser da dor que faz saltar o Drive. Para fazer acontecer algo real. Transformador. E libertador.

A dor transforma-nos. E se tivermos coragem, leva-nos. Com toda a sua força. Para o mundo que queremos. Com tudo o que somos. Fazer existir.

4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

O espelho

bottom of page