Às vezes preciso de morrer em mim. Acabar com pedaços “meus”. Definhar trechos antigos do que fui. Preciso de abrir a gaiola do que me prendeu um dia. E não sabia. Preciso de deixar ir para o mundo. Parte do mundo. Que já não é meu.
Dão-nos a vida como uma experiência. Um privilégio. Dão-nos a existência como um dom. E querem tanto que seja completa, que nos dão vidas dentro de vidas. E ainda dizem que assim é que é. De bom tom.
Mas não nos ensinam que é a morrer que se renasce. E lá se vai o drama em vez da esperança. Porque se soubermos que para viver em pleno teremos que matar o que achamos que somos. Não teremos dúvidas e largar a identidade e arriscar viver a vida nova do que afinal, somos. 💕
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