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#day304 – faço-me à estrada

De todos os saltos pessoais que dei, os que mais me fizeram crescer foram quando me fiz à estrada. Quando tive coragem de deixar tudo para trás e seguir. Muitas vezes sem explicação aparente. Segui colocando a carreira em risco, a estabilidade em jogo e as relações em causa.

Fiz-me à estrada porque sou um espírito livre e às vezes me esqueço disso. Sou do mundo. E pouco me importam as restrições que me impõem e não conseguem. Faço o que quero, quando quero. Pelo que se faço, é porque é deveras importante para mim. E nunca me tinha apercebido que isso gerava um tremendo valor (inclusive profissional). É de pessoas capazes de serem quem são que o mundo precisa. Mais-do-mesmo não importa. Porque no limite, por mais loucos e fora-da-caixa que sejamos, todos podemos encontrar o nosso lugar.

Por isso não me restrinjo, e muito menos me culpo pelo que deixo para trás. E apesar da responsabilidade que tenho em algumas partes da minha vida, percebo que sempre que me afasto um pouco, deixo de ser insubstituível. Percebo que o mundo não gira à minha volta. E só saber isso, é tremendamente libertador. O mundo não acaba, se deixarmos o mundo para trás. O mundo será o mesmo quando voltarmos. Mas voltaremos nós diferentes. Com mais mundo. Mais prazer pela vida. Mais vida gozada em pleno. Mesmo que o partir seja para perto. Não há nada como um lugar novo para nos fazer vibrar.

De todas as vidas que já tive, do que mais gosto, é do momento em que decido partir. Reajustar. Seguir por aí à deriva. Sem propósito nem objectivos. Porque é no vazio e na surpresa que me encontro. E nenhuma rota predefinida me serve. Tenho um tamanho fora da norma. Porque sou do tamanho do mundo. E só um mundo inteiro consegue ser suficiente, para me fazer fazer à estrada, e em mim, caminhar…

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