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#day286 – aprender a deixar ir

Doi tanto quando precisamos de deixar ir algo que gostamos ou alguém que amamos. É como se nos arrancassem partes de nós.

Há pessoas e situações que estão tão enraizadas em nós que nos confundimos com elas. Achamos que somos também aqueles galhos secos de relação desgastada. Faz-nos falta o colo das lágrimas e a imagem do que sonhamos. Mas… precisamos entender que ainda assim existimos inteiros sem o que nos falta. Precisamos do espaço que se abre quando se limpa o que não importa mais para poder saber onde irá caber a beleza nova que está para entrar. O novo só se acomoda em espaços abertos e arejados. Gosta pouco de cacifos e baús com humidade.

E eu gosto muito do que vem a seguir a largar. Aquela paz que brota da anterior incerteza que passa quando percebemos que é preciso avançar. E ter coragem de deitar por terra o lastro. O amor é uma nuvem. E não se coloca na nuvem a bagagem pesada de uma vida.

Por isso dói quando se larga. Mete medo quando se vive o vazio. Mas é doce quando se encaixa no que verdadeiramente somos quando nos permitimos um passo em frente.

Tudo o que gera esforço, não traz segurança ou a intuição rejeita, é para largar. Uma coisa de cada vez. Mas é para largar. São tudo pedras que não faz sentido acumular na moscila da vida. Vamos por favor largar o que dói. Deixar ir o que pesa. Para que consigamos viver o que se ama. ❤️

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