Às vezes não consigo mais nem melhor. Não consigo ser mais forte, nem mais brava, nem mais astuta. Não consigo ser mais empática, nem mais cuidadosa, nem mais companheira. Às vezes só consigo menos. Muito menos do que desejaria. Mas é assim a condição humana. Nem sempre estamos no mais, em alta ou em performance total. Às vezes não sabemos fazer melhor, não aguentamos a carga ou simplesmente estamos tão cansados que não dá mais. E aí, é melhor parar. Terminar. Desistir.
Porque a vida não pode ser tão difícil a ponto de nos levar à exaustão. E, é nesses momentos que se deve procurar simplificar. Deixar ir o que nos pesa, e gerar espaço para o que nos torna leves. Se há coisa de que gosto é de me superar. Mas às vezes, quase sempre, sou só a Bárbara, sem nenhuma capa de super mulher em missão de salvação do mundo. Porque o mundo não se salva por apenas haver vontade. Às vezes é preciso haver força. Força que nem sempre tenho para cuidar de tudo e de todos. E às vezes também preciso de ajuda, e de colo, e de palavras que me confortem. “Estou a tua espera”, “vamos resolver”, “vem”, “vai tudo dar certo”. E às vezes nem as palavras me bastam. Porque há dias em que simplesmente sei que: não sou capaz.
E sabem que mais? Está. Tudo. Bem.
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