É tão fácil sair por aí a julgar e rotular pessoas ou situações. Difícil é compreender alguém. No meio dos segredos que todos temos, nem sempre as verdades passam para mostrar o que realmente somos. As cicatrizes da vida criam crostas que nos isolam do mundo. E a vulnerabilidade doi. Porque não sabemos o que nos espera do lado de lá. Mas acreditem, depois da dor, está a paz, a leveza e o verdadeiro amor. Enquanto recalcamos a emoção que doi, condicionamos o que somos e escravizamos o nosso futuro. Não podemos caminhar cheios de nós se não passamos pelas nossas dores, em vez de fugirmos delas eternamente. E passar pela dor, é entregar-lhe presença, deixar que se solte de nós pelas lágrimas e perdoar o que a vida nos fez. Perdoamos para nos libertarmos. Para sermos felizes. Não podemos carregar às costas o peso das nossas mágoas.
Da mesma forma, todos à nossa volta têm as suas dores. E se não as compreendermos, amaremos sempre à superfície do julgamento do que achamos que a outra pessoa é. Mas ela só será inteira quando aprendemos a dar colo. Da mesma forma que gostamos que nos amparem os soluços também. Precisamos de ser uns para os outros. Porque só se ama o que se compreende. E só se compreende o que verdadeiramente se ampara. Com amor. ❤
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