Quando acho que não consigo amar mais, vem a vida e mostra-me que o amor se descobre cada vez maior, mais limpo mais forte. É a caminhada interna que nos faz reconhecer que se pode sempre amar melhor. Que cabe sempre mais um suspiro no peito, e que nunca tem fim o seu leito.
O amor aparece de rompante. Aparece quente e vibrante. O amor é intenso. Profundo e andante. O amor não espera o próximo autocarro da vida. Vai caminhando até à próxima estação. Mas nunca pára o seu percurso. Envolve a vida de quem o deixa entrar, com esperança e fé nos dias longos, e torna vibrantes os lugares sombrios. Porque o amor é “chama que arde e não se vê”. E quando ele vem para ficar, vem com tudo o que pode, tem e é. E abrasa pelo seu caminho os restos moribundos de um passado que ficou longe, só porque por onde passou gerou vida. O amor cura com tu o que é. É por isso que é inexplicável e complexo. Demorado e maduro. Desafiante e astuto. O amor não dá tréguas ao morno, aos pedaços e às superfícies. O amor quer saltar barreiras, entrar portas a dentro e ocupar o lugar que merece. Sem demoras. Porque tardou a vir. Tal era a sua vontade de ser perfeito. E é. Assim, perfeito no encaixe, na transformação e na segurança. O amor é ridiculamente elegante, sereno e capaz. O amor é gritante. É por isso que só os grandes peitos o recebem, pois nem todos construíram um enorme espaço, para caber um amor perfeito. ❤️
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