Silêncio. Chego a casa. Silêncio. Sinto falta deste vazio quando estou na cidade. Sinto falta da ausência de mim. Desta paz que não há no meio da agitação dos dias e das noites. Sinto falta de ver o vento passar pelas folhas e a chuva a cair devagar. Como se cada dia tivesse todo o tempo do mundo. E tem. Os dias têm calma. Nós é que os apressamos. Os dias têm tempo. Nós é que os limitamos. Com as nossas tarefas intermináveis auto-impostas que um-dia-levarão à “organização total”. Pois, meus caros, organização nem sempre leva à liberdade. Isto porque os planos às vezes prendem, nos seus ambientes quadrados, as ideias ao pé da cama. E as amarram em objectivos que levanta lugar nenhum. E que só trazem confusão ao coração.
Pois que se soltem as ideias. Que as deixemos voar. Porque a vida não é só fazer acontecer. Também é ser, só por se ser. De antemão. ❤️
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