A competição drena-me. Confunde-me. Faz uns serem “melhores” que outros e eu não acredito em competição, mas sim em função. Ora, se eu descubro a minha função no mundo, descubro o meu lugar. Descobrindo o lugar, sei onde pertenço e com quem. Deixo de necessitar de provar seja o que for, e todos à minha volta identificam e valorizam a minha contribuição. Seja ela qual for. Esta história do esforço de formação / transformação para nos tornarmos em quem não somos, é vazia de propósito. Se observarmos com rigor, de que vale eu tentar crescer e desenvolver-me numa organização (ou grupo) à qual sei que não pertenço, só porque me é exigido este ou outro “skill”? De que vale contribuir para uma causa em que não acredito, e de que valem as aparências das ilusões que se criam nestes registos?
Gosto de ser quem sou. Com tudo o que isso implica. Há quem me adore, há quem nem saiba que eu existo. E eu, pouco me importo. Porque o importante não é o que o mundo exige de mim, mas sim o que eu verdadeiramente quero trazer ao mundo. E essa contribuição, só é clara quando descubro a minha uniqueness. Essa unicidade que me torna tão especial e genuína. E, para trabalhar a uniqueness, é preciso ter coragem. É preciso ter o Não na ponta da língua e o coração na garganta. É preciso um nível de assertividade interna que alimente com força a externa. É preciso um nível de coerência ridículo. E para se ser coerente e verdadeiro por dentro, é preciso ser-se sobre-humano em geral. Mas, a verdadeira Humanidade faz-se deste discernimento entre o que queremos mesmo, ou não para nós. Faz-se desta chama que não sabemos explicar, e acima de tudo faz-se de um amor pela vida que mais parece magia que realidade. Acreditando que tudo acabará por encaixar em perfeito ritmo e sintonia, quando se põe fim à competição e se passa a adorar a doce capacidade de “apenas” se ser quem se é. 💕
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