Inspiro. Expiro. Sinto o mundo. Regresso a mim. Dou um passo de cada vez. Não penso. Respiro. Adormeço no meio das flores. Faço o que amo. Como o que o corpo me pede. Não cedo ao tumulto. Olho para o horizonte. Observo a beleza das coisas. Cubro-me de mimos. Recolho-me. Falo com quem me abraça. Encho-me de gratidão pela minha vida. Regresso ao meu centro. Descubro mais uma parte de mim. E… Recomeço. Com calma.
Recomeço tantas vezes que esses inícios diários já fazem parte da minha rotina. Já os sinto de forma leve. Já estão acostumados a largar o que não serve. Já pouco sofro a recomeçar. Já muito aprendo em poucas horas. As coisas cmg acontecem rápido. Às vezes penso que quanto mais capacidade de aprendizagem construo, mais rapidamente as funções se cumprem na minha vida. Mais claro fica o que é para manter ou descartar em poucos dias. Mas todas as experiências têm o meu respeito. Todas são parte de mim. A cada recomeço ganho mais uma parte de entendimento por mim. Mais uma peça que encaixa e mais um pedaço que regressa.
Sempre gostei de montar puzzles. E o que é a vida se não um imenso puzzle? Um amontoado de peças que se vai encaixando até que a imagem apareça com significado. Essa confusão misturada com entusiasmo inicial que vai virando disciplina e prazer até se terminar.
Prazer. Não vale a pena viver sem prazer. E acho que é por isso que recomeço tantas vezes. Para poder manter e potenciar o prazer nas coisas mais curriqueiras. Naquele olhar, naquele mergulho, naquela mão dada, naquele beijo que tem tudo menos sabor a despedida. O prazer vem dessas coisas. Desse viver a vida sem barreiras ao que amamos. Sem medo de nos entregarmos ao mundo. Sem dizer que sim e fazer não. Em coerência interna constante. Acho que é para isso que se recomeça. Para que se possa achar o caminho sem pedras, onde os passos são leves e fofos. Como o pão que nos alimenta a alma. 🌱
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