Não me façam comprar coisas que não preciso e andar carregada das vontades dos outros. Não me convençam de “caminhos certos” que decerto, não seguirei. Não me façam arrepender-me de me ter dado de coração para depois me quererem colocar numa caixa. Na sua. Não me prendam a nada nem a ninguém. Não me façam saltar para precipícios que não são os meus. Não me mostrem imagens que não quero ver. Não me desejem o mundo se não quiserem vir cmg. Não me julguem esta leveza que vivo dentro se não compreenderem por que voos me rejo. Pois lembrem-se: eu escolho sempre a liberdade.
Quando compro algo, é pq preciso mesmo. Tudo o resto é peso que não quero ter. Quero andar solta por aí. Deixar-me levar pelas experiências. Seguir de cabelos ao vendo e poder demorar-me onde quero mesmo.
Quando viajo, é porque me sinto chamada. Nunca porque fujo da minha vida ou preciso de férias. De férias vivo eu nos meus dias de rotinas meio definidas nas ondas do vento.
Quando trabalho, é porque me apaixonei pelo que faço. E adoro. E dei muito de mim para poder viver das minhas paixões. Ou amores permanentes e incríveis. Ou admirações por pessoas ou lugares.
Quando me dou a alguém, é pq sinto que é mesmo especial, com profundidade. Que sabe o que é presença. Que sabe o que é criar relação. Que sabe o que é humanidade.
Quando me dou a um projecto, é pq acredito mais nele do que ele proprio. É pq ele é tão necessário que preciso de recorda-lo todos os dias da sua importância.
Quando me dou à floresta, é pq ela me fala tão dentro que não controlo a emoção e me deixo ir. Para dentro dela, para dentro de mim.
Quando me atiro ao mar, é pq ele me tem sem eu saber. E atiro-me de novo só para seu bel prazer até me cansar. Até que ele me leve ao horizonte de mim mesma.
Quando me entrego a mim, é pq escolho ser quem sou, sem tirar nem pôr, trazendo com isso a liberdade que sempre tive e não sabia. Descobrindo afinal, que até já a tinha quando decidi escolher-me a mim.
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