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#day113 – estar sozinha

Às vezes não consigo explicar o prazer que tenho em estar sozinha. Em usufruir da minha companhia sem mais interferências. Em poder decidir em meu total agrado sem justificações ou necessidade de aprovação de um outro alguém.

Gostar de se estar sozinha, é algo que se constrói. E não estou a falar de tolerar estar sozinha como aquelas pessoas que se acomodam à solidão como reduto final. Falo de verdadeiramente se gozar esse silêncio interno. Esse espaço que se gera. Essa taça cheia de nada que se prepara para receber o que aí vier. Costumo precisar de estar pelo menos 4 a 5h diárias sozinha para estar em equilíbrio. Não vejo televisão (enche o espaço de ruído vazio), evito estar na net, e muitas vezes fico só a observar o espaço interno. Os movimentos do coração, a vida que há em mim. Como se estivesse a relembrar-me de quem sou e porque estou aqui. Tenho poucos pensamentos. Eles roubam espaço para se ser. Deixo-mo estar no vazio pelo tempo que me apetecer, no yoga, na dança, na cozinha ou a limpar a casa ou a organizar as coisas. Essa ausência de pensamentos que se pode gerar das tarefas domésticas mais básicas em formato de meditação activa. Costumo assim ter sempre a minha vida organizada, sem desperdícios e sem pretensões. Simples, como gosto de ter a cabeça e o coração.

Gosto muito de estar sozinha. Repito. Pelo bem que me faz. Pelo bem que gera aos demais. Gosto muito de estar sozinha. Para passar pelas noites em sonhos brandos e amados como se querem. Para que eu possa passar a vida com experiências minhas, e chegar ao final da vida e dizer: gostei tanto mas tanto de ser quem era. 🌿

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