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Foto do escritorBárbara Leão de Carvalho

#day112 – alimentação em casa, vida na rua.

É preciso entender que cozinharmos os nossos alimentos (ou comermos cru) é amar-nos mais. Saber que entregamos o amor que damos ao processo em formato de sabor. Ter consciência do que entra no organismo e participar na ingestão. Hoje em dia engolem-se os dias. Ficam por mastigar as emoções e pouco importa o que se deixa entrar no lugar mais íntimo que temos: o nosso corpo. A digestão do mundo é inconsciente e os paladares nem apreciados. Come-se como se come a informação. Desenfreadamente sem limites ou fontes. Apenas porque se está com fome e se engole qualquer coisa para “tapar o buraco”. É preciso cuidar do ambiente interno. É preciso conpreender o que é que nos diz. É preciso maior ligação às enzimas e aos sucos que fazem fluir. É maravilhoso almoçar e jantar fora, mas mais importante é gerir o PH do que nos vai na alma tendo atenção ao que degustamos.

Raramente sigo receitas. Isto para tudo na vida. É preciso olhar para o que há, e inventar um novo sabor com o que se tem. Por isso hoje abri o frigorífico e tinha batata doce, cenoura, abóbora e cebola. Coloquei tudo em água para fazer uma sopa. Percebi que afinal queria fazer hambúrgueres. Por isso deixei cozinhar só um pouquinho e piquei tudo semi cru. Temperei a gosto. Adicionei um ovo batido e aveia para dar textura e consistência. Dei-lhes forma com o amor das minha mãos e grelhei com um fio de azeite e bastante alho. Servi com penne de arroz, e lambuzei-me da satisfação de quem acaba de inventar mais uma delicia sem se aperceber. Só porque se deixou conduzir pela vontade. É facil criar com o que se tem. Basta apenas querer e crer que vai funcionar. E… It always does. 🍲

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