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Foto do escritorBárbara Leão de Carvalho

#234 – precisamos gerar capacidade de nos auto-regenerar 

Numa actualidade de pressões sociais e pesos desumanos, é mais fácil descarregar no outro as frustrações do que gerir o nosso próprio lixo emocional.

É preciso compreender que se não conseguirmos olhar para dentro e fazer uma limpeza a fundo do que nos mói, estaremos condenados a viver para sempre num qualquer aterro ilegal desordenado.

Só existe lixo emocional quando permitimos que ele fique em nós. Quando nos deixamos contaminar ou quando insistimos em ambientes tóxicos. E depois, culpamos a nossa má sorte no colega, parceiro ou familiar. Pois bem, isto é profundamente errado. Temos o direito de deixar de frequentar lugares que não nos fazem felizes. Podemos e devemos (por mais que nos custe) fazer cortes com familiares que insistem em fazer de nós depósitos de desgracas. E precisamos de colocar limites ao que nos faz mal. Isto é fundamental se precisarmos de nos manter por algum tempo ainda em lugares onde não queremos estar.

Por isso, ao definir bem que não queremos determinado ambiente emocional podemos escolher sair dele. E isto é responsabilidade nossa. Depende das nossas escolhas e vive da nossa vontade de gerar saúde à nossa volta. Por isso é que quando decidimos mudar (e mudamos), muita gente sai das nossas vidas para dar espaço a outras pessoas mais alinhadas com o que somos naquele momento. Porque nos mudámos. E isso muda tudo. Muda o nosso dia a dia e a forma como vemos o mundo. Porque a nossa visão depende das lentes que escolhemos ter para observar o que nos rodeia. E quanto mais limpas elas estiverem, melhor será a forma como assirtiremos ao espectáculo da vida.

Já há muito tempo que vivo sem ambientes tóxicos à minha volta. E isto acontece, não porque tenha “sorte”, mas porque escolhi “bater a porta” várias vezes, deixar para trás quem não me fazia bem, e essencialmente limpar-me por dentro para que hoje possa viver numa primavera eterna, onde, volta e meia, lá vem um dia mais frio ou sombrio, mas que não abala o calor e suavidade dos meus dias em geral.

É preciso coragem para limpezas a fundo. Mas são elas que nos regeneram. Se insistirmos em manter os nossos corações como sótãos húmidos e sombrios, nunca os poderemos renovar ao ponto de fazer deles maravilhosas divisões de conforto e autonomia. Na nossa casa mandamos nós, e nós, moramos nos nossos corações. O que querem fazer deles? ❤

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