Bárbara Leão de Carvalho
17 de mai de 20181 min
Os encontros são assim. Intensos. Falo dos encontros de almas. Companheiras. Falo do inexplicável momento que se sente. Quando nem ainda o olhar se tocou. Falo do beijo que não se deu. Do abraço que não aconteceu. Falo de tudo o que já é, e que deixou de ser. Porque ficou.
Falo da linguagem do amor acima do romance mais genérico. Falo da pompa e circunstância que tem um tempo que não tem horas. Porque lhe param os ponteiro sem demoras. Mas prolongam-se as falas. Os desejos e as memórias. Prolongam-se os sonhos. Partilhados que ainda se ignoram.
Sei tudo acerca de encontros sonoros: nada. Embatem-me as histórias de tempos passados. Sei que no mar se prolonga a terra. E que de resto de ti, sei tudo o que me resta.
E pouco importa o que preciso saber. Quero apenas ter no meu embalo. O privilégio de contigo poder viver. Uma vida. A celebra-lo.