Bárbara Leão de Carvalho
25 de set de 20171 min
Eu sei que não. Que posso mais do que acho. Que sei mais do que penso. Que vivo mais do que sinto.
Impossível é nada, quando se vive num rio. Em curso. E eu. Nada mais posso que seguir os passos das gotas que atravessam o que sou, até me chegar. A mim.
E nada em mim é estanque. Difuso ou tardio. Vejo para além de mim com a nitidez de quem se observa com gratidão. Nada na vida é sombrio. Quando o que nos guia é a luz da nossa própria consciência. Tranquila.
É por isso que o impossível só existe para alguns. Os descrentes. Os combativos. Os solícitos. Os de sentimentos menores. Os revoltados.
É preciso torcer a vontade do abismo, e forçar a escalada de volta. Não há nada como voltar a ver o pôr-do-sol. De cima.
É assim que se faz o impossível, possível. Com o pulso se quem quer subir a montanha das suas vontades e quem sabe, vingar. No topo. Da sua própria maneira. De ser e de estar. ❤️